João Adrien, diretor da Sociedade Rural Brasileira (SRB), iniciou a Feira Viva convidando representantes da SRB, banco Santander, da Secretaria de Agricultura e também da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo – todos parceiros e realizadores da Feira Viva.

Outro presente nessa ocasião foi Aurélio Padovezi, gestor de programa Florestas de Água da WRI. O engenheiro falou com os presentes sobre a importância da manutenção da biodiversidade brasileira no atual cenário nacional.

O Brasil possui 20% da biodiversidade da Terra

“Hoje, 30% do nosso PIB vem do agronegócio. O Brasil é um país de grande diversidade, 20% da biodiversidade do mundo. Mas ela não é conhecida, embora a gente tenha esse grande presente de ter um país mega biodiverso, a gente ainda não aprendeu a trabalhar. Não aprendeu a ganhar dinheiro por conta dessas espécies.

Para que a gente consiga desenvolver a economia da biodiversidade, precisamos da mesma coisa que os nossos antepassados de quinze milhões de anos atrás: conhecimento, vontade e coragem. Coragem para montar uma feira como essa, para botar uma mesa de guanandi e começar a enxergar uma oportunidade de negócio numa geleia de jabuticaba” comenta.

Desafios de trabalhar em benefício da biodiversidade

“Temos guaçatonga, catraia, uvaia, uma infinidade de espécies de madeiras e alimentos que, hoje, são pouco reconhecidas. Trabalhar com a biodiversidade também é uma forma da gente se adaptar a esse grande desafio das mudanças climáticas”, comenta o engenheiro.

“Através dessa nova agricultura, uma era regenerativa, nós não só acreditamos que vamos manter e recuperar a nossa biodiversidade, mas também vamos dinamizar a nossa economia, e fortalecer a nossa identidade de brasileiro, que usa, que valoriza e que reconhece as nossas espécies.

A feira ali embaixo, o evento de hoje, é um pequeno exemplo, mas grandioso, para a gente reconhecer o valor dessa biodiversidade. Para se articular, do ponto de vista econômico, de produção, tecnologia, e conservação da biodiversidade. Com o objetivo de fazer com que o Brasil seja uma grande liderança, que nós chamamos da nova economia da restauração, da nova economia que acessa a biodiversidade”, finaliza.

Conheça mais sobre esse tema no blog da WRI.


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